quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Monólogo equação do ser - estréia

Estréia!
O espetáculo está em cartaz no Parque das Ruínas, dias 5, 11 e 12 de dezembro (quarta e quintas), sempre às 20h.
O ingresso R$ 20,00 na lista amiga.
Para incluir seu nome na lista, envie e-mail para info@eduardosalino.com.br
Bjos em todos!
Mariana
Sinopse
(Primeiro fator) se vc se sente unico quando está em grupo; + (segundo fator) se vc se sente unido ao todo quando só; isso provavelmente será = (terceiro fator) o objeto do seu amor qualquer que seja e observe que essa é a natural incógnita; + (abre parenteses) C capacidade de amar + necessidade de amar; (dividido) pelo ato instantaneo do amor, aqui numero 2 represesta a individualidade pois somos todos um mais um, o eu interior mais o eu superior e o numero 2 (individualidade) elevado ao seu semelhante. Venha ao Parque das Ruínas dia 04, 05, 11 e 12 e participe do exercicio de frmulação de uma provavel equação do ser.
gratidão
Marco Lyrio


domingo, 10 de fevereiro de 2013

Olhos de Reflexo

paginas se abriram/ lugar certo/ feito daquele ponto de partida um começo/ palavras avançaram a olhos fartos/ o romance foi re-visto pelo avesso/ ação temporal inexata/ a partilha de emoções feita assim mesmo/ percurso de um passado libertado/ as flores deixadas por alí por isso a esmo/ tanto faz se sêcas ou em cumes de montanhas/ importa os olhos vistos de reflexos/ ficam amores estonteantes desconexos/ entre os corpos na memória de contornos/ vãos... entre contornos côncavos e convexos. 

O Chão


O chão das alpargatas de uma eternidade vencida
Passa o rastro de um presente ao avesso
Ao passo que ruma a distanciar-se naturalmente do começo
Traz os percalços do caminho que em si se nos mostram
Tropeços, atropelos e topadas
ao acaso desacertos nas raízes das arvores antigas
se elas, as arvores, por si nos dão sombra e frutos
pela jornada tão indispensáveis e oportunamente
em nós na terra em si, nos dão sobressaltados atenção e costume.
na trajetória desandada que vai e que zuni,
a experimentação vital que nos dá sentido, lume,
estrela lançada, flecha, facho, silvo, segredo, olhar atento ou perfume.
A vida consagra o instante do descobrimento como princípio
nós é que fazemos do viver um ofício,
a natureza nada reconhece
apenas é, como a planta dos pés na areia fria
ou um soprar de primavera na pedra des-a-cor-dada

Marco Lyrio

quinta-feira, 19 de julho de 2012

cultivar coragem


coragem de viver/ medo de morrer/ o pulsar do coração e o movimento circular/ a mente e o encarceramento da alma, deriva/ para cultivar coragem de viver/ aprender a cuidar/ se tornar imprescindível/ o jardineiro por exemplo,  sabe: quanto mais tiver por quem ser e o que ser, mais coragem para ressuscitar o desejo de viver.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Imprescindível


a morte esta casa imprópria que a gente passa a vida pagando e sente vai morrer devendo/ a morte esta estrada sinuosa que passa beirando despenhadeiros/ essa ponte de cordas bambas lançadas sobre o abismo/ a morte, esse túnel profundo e escuro, e observe que nem sempre a luz no fim do túnel é o farol de uma locomotiva/ a morte, esse horizonte sobre um muro, traz presente todo dia fazendo-nos futuro. por isso se torna imprescindível que cada um traga sempre sua morte segura, junto consigo/ torna-se imprescindível que eu me mantenha terminante-mente vivo

O POnto

dois olhares só se encontram de verdade num terceiro ponto fora de si mesmos.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Posteridade

há um calo dentro de nós/ um eco surdo por entre/ um retrato falado à miúde/ e essa ideia da posteridade alimenta os sonhos/ medonhos nossos passados remotos descontrolam o tino, vez por outra venta zunindo/ vez por essa a suave fragrância das praias desertas paira noturna pelas constâncias da maré/ na tarde alta, a musica na alma gia/ singeleza gestualiza o olhar que não se via/ suspense nágua nos olhos que mareiam foz/ e após nossos desejos recém lavados quarando a luz do dia dando ouvidos à aquela voz...