quinta-feira, 28 de junho de 2012

Imprescindível


a morte esta casa imprópria que a gente passa a vida pagando e sente vai morrer devendo/ a morte esta estrada sinuosa que passa beirando despenhadeiros/ essa ponte de cordas bambas lançadas sobre o abismo/ a morte, esse túnel profundo e escuro, e observe que nem sempre a luz no fim do túnel é o farol de uma locomotiva/ a morte, esse horizonte sobre um muro, traz presente todo dia fazendo-nos futuro. por isso se torna imprescindível que cada um traga sempre sua morte segura, junto consigo/ torna-se imprescindível que eu me mantenha terminante-mente vivo

O POnto

dois olhares só se encontram de verdade num terceiro ponto fora de si mesmos.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Posteridade

há um calo dentro de nós/ um eco surdo por entre/ um retrato falado à miúde/ e essa ideia da posteridade alimenta os sonhos/ medonhos nossos passados remotos descontrolam o tino, vez por outra venta zunindo/ vez por essa a suave fragrância das praias desertas paira noturna pelas constâncias da maré/ na tarde alta, a musica na alma gia/ singeleza gestualiza o olhar que não se via/ suspense nágua nos olhos que mareiam foz/ e após nossos desejos recém lavados quarando a luz do dia dando ouvidos à aquela voz...

segunda-feira, 25 de junho de 2012

O Fluxo

  
mais integrados pelo fluxo de energia vital, conscientes de que somos partes de uma única natureza, podemos valorizar mais os princípios da impermanência e minimizar os efeitos indesejáveis do cultivo das rugas e marcas de expressão, afinal é por nos demoramos mais que o necessário em algumas situações, por retornarmos re-corrente-mente a elas em estado químico de insatisfação, revolta e desgosto que as criamos e tatuamos a sangue frio no outro que não percebemos em nós...