Oficina da Palavra Falada


Porque uma vivência de expressão oral pelas figuras de linguagem?

Conforme se acelera o ritmo da comunicação dentro dos processos de convergência, mais se torna necessária a valorização da expressão oral eficiente e rápida, seguindo os parâmetros de ética do cuidado e sustentabilidade.

A boa utilização das figuras de linguagem é ferramenta poderosa desde a pré-história. Muito antes da palavra escrita, a manifestação artística da palavra concedeu ao homem a possibilidade de expandir o vocabulário. Assim, aumenta o poder de comunicação, persuasão, visão crítica e interação, gerando autoconfiança, auto-conhecimento e sentimento de pertencimento.  


“Poesia é forma de expressão literária que surgiu simultaneamente com a Música, a Dança e o Teatro, em época que remonta à Antiguidade histórica. Na própria fala - fruto da necessidade de comunicação entre elementos de uma comunidade primitiva - estão as raízes poéticas. Sabe-se que a comunicação imediata entre duas pessoas se dá pela palavra e pelo gesto, que estão tanto mais intimamente ligados quanto mais primitivo for o grupo.
O gesto complementa sempre a fala, na proporção em que esta é limitada em sua inteligibilidade.  Assim é que os gestos foram marcando o tom e  o ritmo das palavras, até a caracterização individual dos primeiros contadores de seus feitos (caçadas) e dos feitos de sua tribo (guerras)” “A saliência cada vez maior do indivíduo que contava sobre a comunidade que o ouvia, acarretou a procura de fins artísticos em relação a narrativa.” Fonte: “Enciclopédia Delta Universal, vol. 12, editora Delta S.A. Rio de Janeiro, Brasil, 1982,pg 6500-6505. “








Desse contexto, evidenciam-se quatro fatores básicos, que com os quais podemos equacionar os valores fundamentais da existência humana:

1 - A individualidade e a interação
2 - A unicidade e a solidão
3 - Os objetos de amor e o amor próprio
4 - A capacidade e a necessidade de amar


Num trabalho que se mostra, a um só tempo, desafiador e lírico, na equação do ser a palavra falada emerge como o fio condutor para o resgate dos valores que fundamentam os sentidos da natureza humana e as condições intrínsecas ao Ser. Nesse processo, os participantes têm a oportunidade de expandir a percepção sensorial, vivenciando a manifestação artística da palavra.


Durante a vivência reflexiva, os quatro fatores básicos serão relacionados a partir de onze depoimentos orais, representando a formulação da provável equação do ser, numa récita ilustrada pela simbologia, criada exclusivamente para a atividade.


No contexto histórico da comunicação humana a palavra falada precisou ser muito complementada pelos sons, gestos, ritmos, entonações para superar as limitações dos primeiros vocabulários e atender as necessidades prementes da vida selvagem, foi a eloqüência gerada pela necessidade de entendimento, a união de todas as forças e inteligências pela sobrevivência da espécie, sugeriram as figuras de linguagem da palavra.


A poesia não se originou da palavra escrita. É a musicalidade da palavra, aliada ao poder das figuras de linguagem, que se mantém como elemento-chave da expressão humana, sendo a forma que mais precipita e movimenta as emoções humanas, a mais antiga e eficiente forma de expressão a manifestação artística da palavra.


A principal argumentação para a vivência e exercícios de expressão emocional através da oralidade é contribuir para a correta usabilidade das figuras de linguagem da palavra falada para atender as necessidades de comunicação pelo avanço tecnológico, skype, videoconferências, cultura de filmes digitais.
Fluência, veracidade, desenvoltura, criatividade, improvisação, transparência e principalmente propriedade da informação, autoconfiança cria sentimento de pertencimento.


As dinâmicas da equação do ser sugerem uma vivência reflexiva fundamentada na força da palavra falada, a ponte entre o eu interior e o ser social. Quem fala escuta a própria voz mais alto que as vozes dos demais, por isso é tão importante saber que o que foi falado para muitos tem força de decreto.


Estrutura de realização
A vivência poderá ser realizada com grupos de no mínino 10 pessoas ou no máximo 30 pessoas.
Será preciso uma sala, lousa, pilot e apagador.


A palavra falada


1 - apresentação
Descrição histórica da função das figuras de linguagem da palavra.
Tempo: 20 min.


2 - compartilhando
O facilitador entrega aos participantes trechos de poemas, aforismos e palavras. Os textos são lidos entre todos para abertura da expressão emocional, instaurando a força da palavra falada e convidando à imersão.
Tempo: 30 min.


3 - explicação
Diferenças entre interpretação, declamação e leitura. Música da palavra, ritmo, melodia, entonação e uso adequado das metáforas.
Tempo: 20 min.


4 - criação
Os participantes irão escolher uma palavra e depois transformá-la utilizando as figuras de linguagem. Em seguida escolhem outras duas palavras e estabelecem uma ligação metafórica. Esses exercícios são de criação oral.
Tempo: 40 min.


Intervalo de 15 min.


5 - equação do ser
O facilitador exercita a sua formulação da equação do ser, apresentando de forma sintética as metáforas que o levaram à criação da vivência.
Tempo: 20 min.


6 - criação em grupo
Serão estabelecidos grupos e cada um irá criar a descrição de um fator da equação do ser com suas próprias metáforas. O facilitador irá monitorar esse processo de criação.
Tempo: 40 min.


7 - conexão
Os fatores serão apresentados por cada grupo. Assim serão interligados formulando uma provável equação do ser.
Tempo: 30 min.


a equipe


A Mantra arte & conteúdo, idealizadora do projeto, tem direção e criação do compositor-poeta Marco Lyrio, com gestão e co-produção da comunicóloga e terapeuta Mariana Mattos.


Marco Lyrio
mokkolyrio@yahoo.com.br
Tel.: 21 8873-2107